Gravidez 10 X 0 Vida

Voltando a nosso história...

Tivemos uma gravidez muito tranquila. Sem maiores intercorrências, enjoos, vontades, desejos. Inclusive até mesmo emagreci durante a gravidez.

Estava acima do peso quando engravidei. Nos primeiros meses perdi 4 kg e depois engordei mais uns 8kg. Ou seja, saldo total = 4kg ganhos durante a gestação.

Mudei radicalmente minha alimentação. Mesmo porque meu paladar ficou super seletivo e mesmo que eu quisesse eu não conseguia comer. Pasmem, eu não conseguia comer chocolate, sorvetes que não fossem de fruta. A natureza é sabia com quem se deixa levar por ela. Eu me deixei levar. Se não conseguia comer, não comia. Parei com os diets porque achava que o açúcar seria menos prejudicial do que o aspartame, ciclamato, essas coisas... Comia mais salada, menos fast food...Enfim, a gravidez me fez muito bem!

No entanto minha vida estava um verdadeiro caos. Eu costumava dizer que a gravidez era o meu porto seguro. A unica paz em meio a um mar de confusão.

Meu pai descobriu um cancer e teve que operar (praticamente 2 semanas antes do Tiago nascer). Mas como não sabiamos quando o Tiago ia nascer,  ficamos com medo que meu pai estivesse internado durante o nascimento dele, foram momentos de apreensão. Minha mãe teve que operar de catarata das duas vistas. Minha irmã estava com problemas pessoais. E o Marco, meu marido, perdeu o emprego. Eu já não trabalhava desde antes de engravidar... aí, formou a confusão.

Tiaguinho parece que veio realmente para acalmar o coração de todos e dizer:  "vcs precisam lutar, precisam viver, eu estou chegando e preciso de vcs"

Resumindo que com 34 semanas de gravidez eu ainda não tinha conversado seriamente com o médico sobre o tipo de parto, não tinha arrumado as roupinhas dele, não tinha nada. Foi me dando um desespero. Fiquei imaginando, eu indo pro hospital e minha mãe tendo que se virar sozinha para lavar e passar as roupas dele para levar correndo para o hospital. Coisas de mãe de primeira viagem.

Resolvi que era hora, antes tarde do que nunca, de tomar as rédeas da situação e parar de agir como maezinha, coitadinha, que não sabe nada. Eu sabia o que queria e tinha que deixar claro isso para o médico.
EU NÃO QUERIA CESÁREA. Eu tinha em mente de que sem uma equipe legal eu dificilmente teria um parto humanizado, mas naquele momento, de total caos, conseguir fugir de uma cesarea para mim já era lucro.

Contratei uma Doula. Carla Arruda, que apesar de mais nova, passou para mim segurança, experiência e força. Mas o obstetra se mostrou totalmente contra. Disse que para ele doula era coisa de gestante que tem seu filho sem assitência e que eu tinha uma ótima assistência. Para quem não sabe o que é para que serve uma doula, segue o link abaixo.

O que é e para que ser uma doula

Ele disse também que não se sentiria a vontade trabalhando com uma doula. E eu disse que eu fazia questão e que ela entraria comigo como acompanhante se fosse o caso, no lugar do Marco.

Nesse momento instaurou-se uma guerra fria. E essas são as piores. As mais letais.

O que se segue a partir desse momento é decisivo para todo o desfecho do nascimento e primeiras semanas de vida do Tiago. Não vou escrever aqui porque fiz um relato que está no site do Ishtar, grupo que eu frequentei durante anos antes de engravidar e durante a gravidez.

Segue o link para acessar o relato.


 Relato de Pós parto

Essa semana, dia 02, Tiago completa 1 ano. 1 ano de muitas vitórias! Quem conseguir ler o relato até o final poderá entender o porque de tantas vitórias.

No próximo post, uma carta especial escrita pelo vovô Salvador especialmente ao Tiaguinho, pelo seu primeiro aninho.

Campanha do Frutaço

Realmente, alguém ou algo está me boicotando. Nunca, em meses, tive tanto dificuldade de acesso a internet como desde que resolver reativar o meu blog.
Mas vamos lá...
Vou dar uma pausa da história de nossas vidas antes da chegada do Tiaguinho para uma mensagem importante.
Agora, nessa época de Páscoa, é triste ver crianças já sendo ensinadas a viver o consumismo desenfreado e desproposital. O mesmo que acontece no dia das crianças, natal, etc...
Mas nessa época, há um fator ainda mais prejudicial. A saúde física é prejudicada com o consumo excessivo de chocolates.
Então, algumas mães resolveram lançar a  Campanha do Frutaço (em alusão a campanha do Mamaço, que houve no ano de 2011 por todo o Brasil, para incentivar a mães a amamentarem, a qualquer hora e em qualquer lugar).
Tiaguinho e eu, apoiamos essa campanha. Mamãe é meio sem vergonha e ainda não aderiu totalmente as frutas mas Tiaguinho sim.

Esse é o Tiaguinho, devorando sua bananinha.

Tiaguinho, alimentação 100% natural, não come papinhas industrializadas, ama frutas e nunca colocou doce na boca. Vê as pessoas comendo doces e chocolates, e ao contrário do que se pensa, não sente vontade de comer, sente vontade de brincar daquela brincadeira, afinal, para criança, comer, é brincar, é um momento junto com alguém (pai, mãe, vó...)

Lembre-se: não se deve dar chocolate a crianças menores de 1 ano, e se for dar, após essa idade, dê em pequenas quantidades. Evite doces, refrigerantes e bolachas doces.
Até dois anos as papilas gustativas ainda não estão totalmente ativas, então a criança está conhecendo os sabores, ela não vai sentir falta de algo que nunca comeu. E dê o exemplo, afinal, as crianças aprendem mais vendo do que ouvindo.

Me lembro quando éramos crianças, meus irmãos e eu. Meus pais compravam um sacão de Sonho de Valsa e dividiam entre os 3. Com isso aprendíamos que ovo de Páscoa é máquina de fazer dinheiro, com menos dinheiro podíamos comer muito mais chocolate, e aprendíamos a comer com moderação, porque se comessemos tudo no mesmo dia, ficaríamos sem chocolates para as próximas semanas. Então, aqueles bombons duravam muito!

Imaginem hoje em dia, você chegar no colégio e dizer que não ganhou na Páscoa o Ovo do Ben 10 ou o ovo de colher Sufflair, mas sim uns 10 ou 15 sonhos de Valsa. Exclusão total! Mas acho que esse tipo de educação precisa vir de casa e os pais precisam parar de incentivar em seus filhos o consumismo e os maus hábitos alimentares. 


Na época dos meus pais, em algumas cidades, o Bis, era vendido por unidade em bares. Hoje esse tipo de coisa é inconcebível, por um lado a abertura política e o crescimento economico nos trouxe mais conforto, tecnologia, avanço, mas por outro nos transformou em consumidores descontrolados. Como era bom comer Bis antigamente. Alguns dizem: "era mais gostoso". E eu digo: não, era igual! A diferença é que tudo era supresa, tudo era conquistado, tudo era dividido entre os irmãos. Hoje cada criança da família ganha um ovo do pai, outro da mãe, outro da vó, outro da madrinha, outro da tia, etc, etc...Cadê a graça. Lá por maio, junho, ainda tem chocolate, e esse chocolate vai ficando no armário. De repente, ele ficou ruim. Acabou a validade? Não, perdeu a graça!

Não quero criar o Tiago em uma redoma de vidro, como se no mundo não existissem doces, chocolates, Mc Donalds, até porque eu não sou nenhuma vegana e nem sou exemplo. Mas quero na medida do possível, criar nele, bons hábitos, tanto alimentares quando na vida também. Nessa Páscoa Tiaguinho trocará os chocolates por frutinhas. Na próxima, provavelmente ele já estará na escola e ficará mais difícil, porém ele terá aprendido que fruta é bom também e que não precisar ser ovo, pra ser chocolate. Pode ser barra, pode ser bombom, enfim, pode ser mais barato, sem que você se sinta roubado, enganado. E também, não precisa ser muito. Pode ser um pouco, pode ser o suficiente.

Então nessa Páscoa, lembre-se do verdadeiro sentido do feriado: Relembrar os sacrifícios de Jesus por nós e celebrar a  Sua Ressureição! 

E para as crianças, adultos, etc, etc...

 

A internet bagunçou a minha vida

Depois de dias sem poder acessar porque meu monitor cismou de queimar justo agora, estou de volta. Com o notebook da minha mãe, porque o monitor resolveu boicotar mesmo.

Bom, Tiaguinho não nos foi entregue pela cegonha e nem tampouco colhido em um pé de couve (pé de couve? Existe isso? ahaha), então vou contar um pouco das origens dele.

Final de 2004, ano em que o orkut já crescia, mas ainda não tinha estourado no Brasil. Eu estava dando meus primeiro passos nas redes e sites de relacionamentos.

Foi então que, morando em Londrina, conheci o Marco, que morava em Campinas, algo quase impossível não fosse a internet, não fosse uma peculiar comunidade chamada: Dia do Encalhado. Afinal, se tem dia dos namorados porque não dia dos encalhados, né?

Nos conhecemos e um tempo depois pudemos nos ver pessoalmente em Sorocaba, cidade onde eu havia nascido e tinha ido para as festas de final de ano.

Depois disso, 6 meses de namoro a distância, contando apenas com míseros feriados, e Marco consegue um trabalho em Londrina.

1 ano depois do primeiro encontro, aproximadamente, ficamos noivos e mais 1 ano se passou até que nos casamos.

Tiaguinho estava nos nossos planos desde sempre, mas a vida complicada de inúmeras mudanças de cidade em 2 anos de casado não permitiu que realizássemos esse sonho antes. Quando finalmente resolvemos que não poderíamos mais esperar... cadê que eu engravidava?

Foram 2 anos tentando e tentando... finalmente em uma sexta feira 13, de agosto de 2010 me descobri grávida!!!!!!!!!!

Mal sabia que a frase: "sua vida vai mudar", ficaria cravada em mim,  e, pelo menos até agora, faria sentido, como poucas frases fizeram.

No próximo post conto um pouco sobre a gravidez e o início da aventura chamada: Ser mãe do Tiaguinho.

Aventura, que como todas as outras, é marcada por muita luta, conquistas, algumas derrotas e surpresas.

Até mais.

Na foto o casal 20 algumas semanas antes do casamento.

Retomando a idéia inicial

Apenas criei esse conta e depois nunca mais postei. A idéia era fazer um diária da minha gravidez, porém essa demorou tanto tempo para chegar que fui ficando triste...
Hoje já tenho o meu baby, lindo, com quase 1 aninho e vou fazer desse blog um diário das memórias de tudo que eu passei, no tempo de gravidez, pós parto, amamentação e maternagem.

Para vcs conhecerem, esse da foto é o Tiaguinho, hoje com 11 meses e meio. Mas aguardem, porque mesmo antigas as histórias vividas são muitas, cheias de emoção, tristezas, alegrias, derrotas, conquistas...

Até o próximo post no qual contarei a luta para engravidar.